
Técnicas do violino
Pizzicato(lê-se pitzi-cato) - Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam: pizzicato consiste em tocar as cordas com os dedos, dando pequenos puxões ou beliscadas. Raramente se estende pela melodia inteira e quando se lê na partitura a palavra "arco" os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o arco.
Col legno - "Com a madeira", o arco é segurado de lado, de forma que nas notas tocadas a madeira do arco bata nas cordas, produzindo um curioso efeito estalado. Aparece no começo de "Marte, o Mensageiro da Guerra", da suíte de Holst Os Planetas.
Vibrato - Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. Tem 3 tipos de vibrato: o de dedo, o de mão e o de braço. Consiste em fazer o som vibrar, formando uma flutuação mínima na afinação da nota, para cima e para baixo. O vibrato de dedo é para passagens mais rápidas, o de mão é o mais comum e o de braço é para expressar com certa força, paixão, drama o trecho. É usado sobretudo em notas longas.
Corda dupla - Significa tocar, ao mesmo tempo, em duas cordas, e consequentemente duas notas, de uma só vez. No violino não é possível tocar simultaneamente mais do que três notas.
Harmônicos - Notas suaves produzidas pelo toque muito leve com a polpa dos dedos sobre a corda. Assemelham-se às notas da flauta e são usadas com mais freqüência na música moderna.
Glissando - O violinista escorrega o dedo sobre a corda, tocando todas as notas dentro do intervalo tocado, o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos. Os glissandos aparecem quase exclusivamente nas músicas do século XX.
Sul ponticello - "Na pontezinha", indica que o violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de arranhudura.
Partes do Violino

Os ouvidos, efes ou abertúras acústicas - São os orifícios que deixam os sons (vibrações) amplificados pelo corpo do instrumento a atingir o espaço externo e finalmente nossos ouvidos.
Cravelhas - Peças de madeira ( 4, uma para cada corda)Afina-se o instrumento girando-se as cravelhas para trás e para frente (sentido horário ou anti-horário) a fim de retesar ou afrouxar as cordas. Os violinos desafinam com facilidade, especialmente com mudanças de temperatura, ou em viagens longas. Um violino precisa ser afinado muitas vezes até que as cordas novas se acomodem.
Cavalete - Peça plana na qual se apoiam as 4 cordas distendidas. A parte inferor do cavalete - dois pequenos pés - fica apoiada no tampo harmônico do violino (seu tampo superior - o inferior chama-se "fundo"). Pequenas ranhuras no cavalete mantêm as cordas no lugar. O cavalete transmite as vibrações das cordas para o corpo do violino.
Cordas - Antigamente eram feitas de tripa de carneiro. Hoje são de aço cromado ou de material sintético, revestidas com uma fita metálica de alumínio, ou, as melhores, de prata. A 1ª corda - mi - a mais aguda é um fio de aço cromado, sem revestimento.
Estandarte - É aonde cada corda fica presa com segurança no furo correspondente do estandarte, ou no afinador.
Micro-Afinador - É um pequeno parafuso que permite precisão na afinação das cordas.É colocado no furo do estandarte correspondente à corda a ser afinada.
Queixeira - Peça anatômica que serve para o violinista acomodar de maneira mais confotável o violino ao queixo.
Arco - É feito de madeira ( os melhores em pau Brasil- tipo Pernambuco). Fios de crina de cavalo ( ou de plástico tipo nailon) são ajustados às duas extremidades desta peça de madeira, longa e curva de uns 75 cm . A crina tem ajuste de tensão feito por um parafuso colocado no "talão", onde ficam os dedos da mão direita do violinista. A outra extremidade do arco denomina-se "ponta".A crina deve ser afrouxada quando o arco não está sendo usado. Afrouxar a crina ajuda a preservar a flexibilidade da madeira . O arco do violino é como a respiração para os cantores ou os instrumentistas de sopro. Seus movimentos e sua articulação constituem a "dicção" dos sons e a articulação das células rítmicas e melódicas. Todas as nuanças sonoras, colorido e dinâmica musical do Violino estão intimamente ligadas à relação existente entre a condução do arco e a precisão dos movimentos sincronizados da mão esquerda.
Curiosidade
Stradivarius
Os violinos Stradivarius são os mais valiosos do mundo. Foram feitos mais de mil instrumentos entre eles violinos, violas, violoncelos e outros instrumentos de cordas pelo mestre Antonio Stradivari (1644-1737) mas atualmente existem poucos intrumentos feitos por ele no mundo. Um Stradivarius de 1720 que não é dos mais famosos foi comprado num leilão em Novembro de 1990 por 1,7 milhão de dólares. Um dos vários segredos da beleza estética dos violinos de Stradivari reside em que o seu construtor desenhava-os utilizando secção Áurea. A secção Áurea representa um elemento de equilíbrio estético. Já a sua qualidade sonora, mesmo com as tecnologias existentes, nunca foi superada. É bastante provável que seja apenas fruto da idade dos instrumentos.
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